MEDO DA DOR?

Você sabia que o MEDO DA DOR pode ser pior que a própria DOR?

Oscar Anacleto

8/28/20232 min read

                                                                                                        O Medo da Dor

O medo intenso da dor, e é frequentemente observada em pessoas que lidam com síndromes de dor crônica ou dores quer duram mais de 3 meses sem motivo aparente, que temem o retorno ou a intensificação da dor. Embora seja natural desejar evitar a dor, algumas pessoas experimentam uma aversão desproporcional, acompanhada de sentimentos de preocupação intensa, pânico e até mesmo depressão ao antecipar a sensação dolorosa. Esse medo exacerbado pode torná-los mais sensíveis à dor. Entretanto, é importante ressaltar que muitas vezes esse medo pode ser gerenciado com êxito através de uma combinação de psicoterapia, exercícios e terapia de exposição.

A origem desse MEDO reside na relação complexa entre medo, ansiedade e proteção. Nossas respostas de medo e ansiedade são mecanismos naturais de autopreservação diante de perigos iminentes. No entanto, pessoas que enfrentam dor crônica podem desenvolver uma resposta persistente de medo e ansiedade como uma forma de proteção. Isso as leva a evitar atividades ou situações que acreditam ser capazes de desencadear mais dor ou agravar a sua condição. Tristemente, esse exagero na percepção do risco pode, ironicamente, amplificar a experiência da dor.

De fato, substâncias químicas no cérebro que regulam nossas respostas ao medo e ansiedade também influenciam a forma como percebemos a dor. Desse modo, desequilíbrios químicos podem intensificar a sensação dolorosa.

Embora tal medo possa afetar qualquer pessoa, é mais comum em indivíduos que sofrem de síndromes de dor crônica. Alguns exemplos de dor crônica incluem dor relacionada ao câncer, enxaquecas, dores inflamatórias ligadas a infecções ou doenças autoimunes, desconfortos musculoesqueléticos como dores nas costas ou artrite, dor neurogênica associada a danos nos nervos ou distúrbios do sistema nervoso, dor nociceptiva proveniente de lesões teciduais como entorses, queimaduras ou hematomas, e ainda a dor psicogênica relacionada a fatores psicológicos e também a DOR OROFACIAL.

Os sintomas de pessoas com MEDO DA DOR, muitas vezes seguem um ciclo característico de dor e ansiedade:

1. Catastrofização: Isso ocorre quando alguém imagina o pior cenário possível em qualquer situação;

2. Hipervigilância: O medo está centrado na antecipação da dor, não na dor em si. A pessoa torna-se excessivamente atenta a qualquer sensação que possa estar relacionada à dor, muitas vezes associando experiências inofensivas a possíveis causas de dor;

3. Evitar o Medo: Como resultado, a pessoa tende a evitar atividades e movimentos que acredita poderem desencadear a dor. Alguns podem até desenvolver cinesiofobia, o medo de movimentos devido à dor, o que prejudica a capacidade de reabilitação. Essa evitação pode levar a mais limitações, aumento da dor e complicações de saúde, além de impactar negativamente o desempenho nas esferas escolar, profissional e social.

E você? Tem DOR e MEDO DA DOR? E está atrapalhando sua qualidade de vida?